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terça-feira, 30 de julho de 2019

Grupo Soma


SOMA, MISTÉRIO E RAROS REGISTROS NA HISTÓRIA DO ROCK BRASILEIRO

O grupo Soma é um dos maiores mistérios da história do rock brasileiro. Além da lenda, pouco se conhece da banda que teve o cantor Ritchie entre seus integrantes. Em disco, até pouco tempo, a única música conhecida era ‘P. F.’, do disco coletivo ‘O Banquete dos Mendigos’, gravado ao vivo, em 1974.

A história da banda, na verdade, começa na Espanha, mais exatamente em Madri, no Clube Miramar, por volta de 1963/64. Ali, na onda dos Beatles, tocava um grupo chamado Los Finks, que tinha no baixo o americano Bruce Henry. Na época, Bruce era amigo de Fernando Arbex, que começou tocando rock instrumental com Los Pekenikes e depois formou o famoso Los Brincos, o melhor grupo espanhol dos anos sessenta.

Dois anos depois, Bruce estava no Rio de Janeiro, estudando no Colégio Americano. Na escola, conheceu Rick Strickland Jr, outro americano, com quem formou o grupo The Out Casts. Junto com Bruce (baixo e voz) e Rick (guitarra e voz), estavam Chico Azevedo (bateria) e Gee Bee – assim está creditado no disco – (também guitarra). Com idades em torno de 16 anos e visual psicodélico, que incluia roupas coloridas, show de luzes e bateria fluorescente, The Out Casts fez um certo sucesso na cena carioca de garagem. O grupo apresentava-se em clubes como Boliche 300 e Paissandu e também na televisão.

Em 1967, abriram show para Roberto Carlos, no pavilhão do São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Totalmente obscuro, o grupo gravou um álbum chamado ‘My Generation’, em 1967. No repertório, composições originais e covers para clássicos dos The Who, The Rolling Stones e Bob Dylan, entre outros. O disco foi lançado pelo desconhecido selo ELPA, que vinha a ser uma espécie de tentativa do Elenco – de Aloysio de Oliveira, especializado em bossa nova – de criar um braço pop. Além do álbum, ainda foi lançado um compacto com ‘My Generation’ (The Who), que abre o LP. O grupo acabou em 1968, deixando um segundo disco gravado, mas que nunca foi editado, devido a falência do selo.

Um ano após, Bruce Henry já havia formado o grupo Soma, enquanto Chico Azevedo passou a tocar com Gilberto Gil e outros músicos e Rick Strickland Jr. abandonou a música. Soma, estréia em 1969 Ao contrário do que muita gente pensa, o Soma, portanto, não começou em meados dos anos setenta. O grupo nasceu em 1969, formado por Bruce Henry (baixo e voz), mais Jaime Shields (guitarra e voz), Alírio Lima (bateria) e, ainda, Ricardo Peixoto (guitarra), que depois tocou com Flora Purim e Airton Moreira. Como trio, o grupo gravou quatro músicas para a coletânea ‘Barbarella’ (nada a ver com o filme), lançada pelo selo (nacional) Red Bird Records, em 1971. Sem sucesso, e com o clima ditatorial adverso, o grupo deu um tempo, com seus integrantes dispersando-se pelo mundo. Em 1974, o grupo reorganizou-se, já com a presença do vocalista e flautista Richard Court (Ritchie), recém chegado da Inglaterra, de onde veio à convite de Rita Lee.

Com Bruce, Shields, Alírio e Ritchie participa de espetáculos no Rio de Janeiro, especialmente do show/disco coletivo ‘Banquete dos Mendigos’, produzido por Jards Macalé, em comemoração aos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na mesma época, Bruce, Jaime e Alírio, gravaram uma das maiores raridades da discografia nacional, a trilha sonora de ‘Mailbag Blues’, um filme sobre Ronald Biggs, então vivendo no Rio de Janeiro, que acabou não rolando – mas terminou reeditado recentemente, por um selo inglês. Segundo o próprio Bruce, o nome ‘Mailbag Blues’ referia-se as cantorias dos presos de “Sua Majestade” enquanto costuravam sacos de correio, nas cadeias da Inglaterra.

Além dos três músicos do Soma, participaram do projeto o saxofonista Nivaldo Ornellas e o tecladista Guilherme Vaz, que depois escreveu a premiada trilha sonora do filme ‘Rainha Diaba’. A fita, inicialmente bancada pelo próprio Ronald Biggs, depois de várias tentativas de edição, tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos, se perdeu nos escaninhos do tempo. Segundo Bruce, a negativa vinha sempre acompanhada da justificativa de que não seria “ético” lançar um material envolvendo a controvertida figura de Biggs.

Argumento hipócrita, derrubado logo após pelos conterrâneos Sex Pistols, que gravaram, posaram para fotos e elegeram um de seus ídolos o assaltante do trem pagador. Anos mais tarde, Bruce Henry ganhou de presente, do proprietário do estúdio, o master original das gravações. Em meados dos anos setenta, com participação do pianista Tomas Improta, a banda passou a realizar shows com influência mais jazística, até terminar já quase no final da década. Bruce Henry foi o único do grupo a se manter ativo no meio musical, com participação em gravações dos principais músicos brasileiros e vários álbuns solos editados.

Texto retirado de | Fernando Rosa

1971-1974 | COLETÂNEA

01. Só Morto - Compacto | Soluços (com Jards Macalé)
02. Só Morto - Compacto | O Crime (com Jards Macalé)
03. Só Morto - Compacto | Só Morto (Burnin Night) (com Jards Macalé)
04. Só Morto - Compacto | Sem Essa (com Jards Macalé)
05. O Banquete dos Mendigos | Albuquerque Woman
06. O Banquete dos Mendigos | P.F. (Ritchie nos vocais)
07. O Banquete dos Mendigos | Um Dia
08. Barbarella | Fragments
09. Barbarella | Potato Fileds
10. Barbarella | Treasures
11. Barbarella | Where
Bonus | The Out Casts (Singles)
12. The Outcasts - Weird Ties Wide Belts And...
13. The Outcasts - Dying
13. The Outcasts - My Genetation