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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

V.A. Não São Paulo


VOLUME 1

"Não São Paulo" traz quatro bandas paulistanas que representavam o lado mais monocromático do rock paulistano da metade dos anos 80. Um álbum de bandas esteticamente inspiradas no pós punk, mas com as janelas abertas para buscar referências em outras manifestações artísticas e, mesmo, na música brasileira, principalmente no seu lado experimental.

O disco se inspira no cultuado "No New York", que revelou quatro bandas tão barulhentas quanto influentes, sob produção de Brian Eno. Semelhante à produção novaiorquina, as bandas do "Não São Paulo" pareciam estar em contante construção, experimentavam no estúdio, mas demonstravam maturidade. Provavelmente não tinham a intenção de encontrar seu lugar no rock nacional vigente, conformado o suficiente para não aceitar desafios, mas surpreenderam o público, e até mesmo se surpreenderam com a resposta do público. Havia um sentimento em comum de que "Não São Paulo" não seria marcado pelo tempo. E estavam certos.

O primeiro volume da coletânea abre com o Akira S & As Garotas que Erraram, capitaneados por um vocalista, Pedreira "Alex" Antunes, mais afeito a narrar letras do que a buscar qualquer harmonia vocal, e um baixista único por estas plagas, Akira S. “Sobre as pernas” traz a participação do Holger Czukay, fundador do Can alçado a condição de ídolo daquela turma. Holger tocou e editou a trompa que rasga o arranjo de "Sobre as pernas", que inclusive chegou a ser bem executada na 89 FM.

O Chance traz a frente a única voz feminina do álbum, Marcinha, e suas duas músicas anteciparam o que na década seguinte ficou conhecido como trip hop. “Samba do morro” desconstrói e desacelera um samba, insere ruídos e cadencia uma levada lenta. “O striptease de Madame X” é densa, com arranjo econômico de piano e versos recitados na voz masculina do Scot, alter ego do José Augusto Lemos.

O Muzak á a mais ruidosa das bandas do disco.“Ilha urbana” traz um arranjo brilhante composto basicamente por uma guitarra barulhenta e uma cozinha bem marcada. Por outro lado, “Jovens ateus” mostra que o Muzak apresentava potencial para canções mais próximas ao rock nacional da época, tanto que foi a única banda do disco que despontou para um contrato com grande gravadora, a EMI, pela gravou seu único disco.

O Ness, aqui reduzido ao duo Fernando e Walter, mostram um trabalho igualmente soturno, mas menos experimental, soam mais acessíveis que as demais bandas do álbum. “Adeus Buck Rogers” também entrou na programação da 89 FM, graças a produtora Aninha Sanchez.

Depois de "Não São Paulo" todas as bandas chegaram ao primeiro álbum completo, exceto o Chance. Nenhuma delas galgou passos além do underground e em menos de quatro anos todas já haviam encerrado atividades. Contudo, juntos construíram uma fotografia ainda bastante nítida da sombria metrópole que se mostrava em completa sintonia com outras grandes cidades e seus artistas urbanos.

O disco foi bem recebido pela crítica especializada, o que gerou um certo desconforto para as bandas, pois boa parte da crítica interessada em "Não São Paulo" era formada por músicos/jornalistas, dois deles presentes na coletânea, Alex Antunes (Akira S & As Garotas que Erraram), José Augusto Lemos (Chance).

“Não São Paulo” foi relançado em CD pela Baratos Afins, em 1997. A edição com um bônus ao vivo para cada banda está disponível nos links abaixo:

1986 | NÃO SÃO PAULO VOL. 1

01. Akira S & As Garotas Que Erraram | Sobre as Pernas
02. Muzak | Jovens Ateus
03. Chance | Samba do Morro
04. Ness | Adeus Buck Rogers
05. Muzak | Ilha Urbana
06. Ness | M.R.O.
07. Akira S & As Garotas Que Erraram | Swing Basses Series I (Eu Dirijo O Carro Bomba)
08. Chance | O Striptease de Madame X
09. Chance | Beaultiful But True
10. Ness | Vie Moderne (Vida Moderna)
11. Muzak | TV Morte (Ao Vivo)
12. Akira S & As Garotas Que Erraram | Kkbalah (Ao Vivo)

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VOLUME 2

Segundo volume da aclamada coletânea lançada pelo selo Baratons Afins. As bandas escolhidas dessa vez foram 365, Gueto, Nau e Vultos.

Sem o mesmo impacto da primeira, vale, pelo menos, pela qualidade das bandas selecionadas, em especial Gueto, com duas faxias mais próximas ao rock do que ao rap.

Diferente do primeiro disco, neste cada banda gravou duas faixas distintas, a terceira foi uma versão ao vivo, ou demo, no cado dos Vultos, de uma das outras canções.

1987 | NÃO SÃO PAULO VOL. 2

01. Nau | Madame Oráculo
02. Gueto | Fotografia
03. 365 | 31 de Março
04. Vultos | O Analista
05. Gueto | Luta
06. Vultos | Farsantes Amantes
07. Nau | Sofro
08. 365 | Grandola Vila Morena
09. Nau | Madame Oráculo (Ao Vivo)
10. Vultos | Farsantes Amantes (Ao Vivo)
11. Gueto | Luta (Ao Vivo)
12. 365 | Grandola Vila Morena (Ao Vivo)

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Texto retirado de | Disco Furado