ROCK RÁDIO LÁGRIMA PSICODÉLICA no AR desde 15.08.2009. São 14 anos de ROCK AND ROLL!!!

CLIQUE NO PLAYER PARA NOS SINTONIZAR!!!

Rolando agora na programação da RRLP. Nossa companhia Rock and Roll noite e dia!!!

Programadores da Rock Rádio Lágrima Psicodélica:

Cacá, Fireball, Gäel e Johnny F

lagrimapsicodelica@gmail.com

App iPhone & Android para Sintonizar a Rock Rádio Lágrima Psicodélica

     

Como sintonizar a Rock Rádio Lágrima Psicodélica


Você pode sintonizar a ROCK RÁDIO LÁGRIMA PSICODÉLICA de 2 formas:

1 - Para quem acessa a WEB via PC/NOT a sintonia é direta pelo Blog Lágrima Psicodélica.

2 - Para quem acessa a WEB via CEL/TABLET a sintonia pode ser feita nos links: Site da RRLP ou Player Alternativo.

RRLP - ROCK RÁDIO LÁGRIMA PSICODÉLICA
Criação & Direção by Johnny F

domingo, 28 de outubro de 2018

The Cure


The Cure. Uma banda com mais de 30 anos de história, influente e inspiradora, que trilhou sempre seus próprios caminhos, experimentou e moldou seu som por parâmetros próprios, sem abrir concessão à sua arte e se render a modismos, épocas e à crítica. Criou um universo paralelo para si e seus discípulos, ora derramando melancolia em doses cavalares, desesperos existenciais, viagens cósmicas ou alegrias juvenis. Dançou também, chacoalhou em funks e arrematou corações por todo o globo com um romantismo quase obsessivo.

Bandas e artistas tão distintos como Linkin Park, Green Day, Red Hot Chili Peppers, Mogway, Placebo, Interpol, The Killers, Arcade Fire, Nine Inch Nails, Marylin Manson, Frank Back, Scarlet Johnson, Chris Cornell e até Mettalica já assumiram sua admiração por Robert Smith e seus asseclas. Mestre David Bowie se diz fã de carteirinha. Os geniais Neil Gaiman e Tim Burton também já prestaram suas homenagens. No Brasil, influenciou absurdamente toda nossa emergente cena rock. De Legião à Zero até Pato Fu (”The Head on The Door” é o disco predileto de todos os tempos de Fernanda Takai). Jornalistas importantes como Zeca Camargo, Kid Vinil e Fábio Massari também são grandes fãs. Até minisséries televisivas usam suas músicas como temas de episódios.

Com toda essa relevância, é injusto se referir a eles apenas como uma banda dos “anos 80″. Claro, foi a época dourada, com sucesso comercial estrondoso, mas também sobreviveram aos anos 90 e atravessaram o milênio com dignidade e integridade trafegando com a mesma desenvoltura pelo “mainstream” e pelo “alternativo”. A quem for aventurar e aprofundar-se na obra da banda, boa viagem! A quem parou de acompanhar, por algum motivo, vale uma boa escutada nos trabalhos mais recentes. E como vale…

The Cure Trilogy: Pornography, Disintegration, Bloodflowers

PORNOGRAPHY (1982)
DOWNLOAD

À essa altura, a já doentia mente de Robert Smith, aliada a alucinógenos diversos e depressão toma caminhos ainda mais obscuros. Os climas são de desolação, paranóia e solidão. As letras, ácidas e agressivas, versando principalmente pelos temas citados e a hipocrisia moral da sociedade são cantadas de forma quase indiferente. Trilhas sonoras de um pesadelo crescente comandadas por linhas de baixo tortuosas de Simon Gallup e baterias tribais. Todas as faixas seguem linearmente completando uma a outra. Um disco clássico e um dos mais admirados pelos fãs fervorosos. Nesse momento, a banda coleciona uma legião de fãs obsessivos pela Europa. Faixas como “One Hundred Years”, “Hanging Garden”, “A Strange Day” e “A Short Term Effect” entram fácil numa coletânea desta primeira fase da banda. Na edição de luxo (também lançada em 2005), 14 faixas raras completam o álbum.

DISINTEGRATION (1989)
DOWNLOAD

Após três álbuns “alegres”, o Cure novamente passa por problemas e Robert Smith parece voltar às batalhas com seus demônios internos. A diferença é que aqui a banda já está bem mais experiente e madura. O resultado é um disco mais homogêneo e quase temático onde os climas etéreos de álbuns como “Faith” e “Pornography” tomam formas exuberantes numa viagem gelada e romântica. Smith usa e abusa de sua Fender Jazz Bass 6 cordas buscando novos timbres e estilos. Com as linhas de baixo marcantes e bem colocadas de Simon Gallup, baterias milimetricamente bem coladas, guitarras inspiradas ao fundo e teclados e synths celestiais, letras ora existenciais, românticas ou amargas, o Cure fecha a década com sua obra prima, recebendo prêmios de melhor banda inglesa e tocando para multidões no Wembley Arena. Impossível destacar uma só faixa. Todas são altamente recomendadas. De “Pictures of You” a “The Same Deep Water As You”, de “Homesick” a “Last Dance”. Sem contar os singles “Love Song” e “Lullaby”, a melhor hit-pop-dark-song de todos os tempos.

BLOODFLOWERS (2000)
DOWNLOAD

Após outras longas férias (que parecem fazer bem à banda), o Cure volta em grande estilo e ótima fase em um álbum épico. Se “Disintegration” pode ter sido uma evolução de “Pornography”, podemos dizer que “Bloodflowers” é a continuação natural da seqüência. Com arranjos inspirados e exuberantes, “Bloodflowers” mostra o Cure dos primeiros trabalhos em pleno ano 2000. Não é um disco “fácil”, com faixas longas repletas de detalhes e atmosferas. As autobiográficas “39″, “Watching Me Fall” e a faixa título são as típicas histórias musicadas tão bem feitas pela banda. A balada “Last Day of Summer” cumpre seu papel e emociona assim como “There Is No If… “. A mais conhecida com certeza é “Maybe Someday”, bom rock, mas que destoa um pouco das demais canções do disco.

Por: Samuel Martins