The Cure. Uma banda com mais de 30 anos de história, influente e inspiradora, que trilhou sempre seus próprios caminhos, experimentou e moldou seu som por parâmetros próprios, sem abrir concessão à sua arte e se render a modismos, épocas e à crítica. Criou um universo paralelo para si e seus discípulos, ora derramando melancolia em doses cavalares, desesperos existenciais, viagens cósmicas ou alegrias juvenis. Dançou também, chacoalhou em funks e arrematou corações por todo o globo com um romantismo quase obsessivo.
Bandas e artistas tão distintos como Linkin Park, Green Day, Red Hot Chili Peppers, Mogway, Placebo, Interpol, The Killers, Arcade Fire, Nine Inch Nails, Marylin Manson, Frank Back, Scarlet Johnson, Chris Cornell e até Mettalica já assumiram sua admiração por Robert Smith e seus asseclas. Mestre David Bowie se diz fã de carteirinha. Os geniais Neil Gaiman e Tim Burton também já prestaram suas homenagens. No Brasil, influenciou absurdamente toda nossa emergente cena rock. De Legião à Zero até Pato Fu (”The Head on The Door” é o disco predileto de todos os tempos de Fernanda Takai). Jornalistas importantes como Zeca Camargo, Kid Vinil e Fábio Massari também são grandes fãs. Até minisséries televisivas usam suas músicas como temas de episódios.
Com toda essa relevância, é injusto se referir a eles apenas como uma banda dos “anos 80″. Claro, foi a época dourada, com sucesso comercial estrondoso, mas também sobreviveram aos anos 90 e atravessaram o milênio com dignidade e integridade trafegando com a mesma desenvoltura pelo “mainstream” e pelo “alternativo”. A quem for aventurar e aprofundar-se na obra da banda, boa viagem! A quem parou de acompanhar, por algum motivo, vale uma boa escutada nos trabalhos mais recentes. E como vale…
Bandas e artistas tão distintos como Linkin Park, Green Day, Red Hot Chili Peppers, Mogway, Placebo, Interpol, The Killers, Arcade Fire, Nine Inch Nails, Marylin Manson, Frank Back, Scarlet Johnson, Chris Cornell e até Mettalica já assumiram sua admiração por Robert Smith e seus asseclas. Mestre David Bowie se diz fã de carteirinha. Os geniais Neil Gaiman e Tim Burton também já prestaram suas homenagens. No Brasil, influenciou absurdamente toda nossa emergente cena rock. De Legião à Zero até Pato Fu (”The Head on The Door” é o disco predileto de todos os tempos de Fernanda Takai). Jornalistas importantes como Zeca Camargo, Kid Vinil e Fábio Massari também são grandes fãs. Até minisséries televisivas usam suas músicas como temas de episódios.
Com toda essa relevância, é injusto se referir a eles apenas como uma banda dos “anos 80″. Claro, foi a época dourada, com sucesso comercial estrondoso, mas também sobreviveram aos anos 90 e atravessaram o milênio com dignidade e integridade trafegando com a mesma desenvoltura pelo “mainstream” e pelo “alternativo”. A quem for aventurar e aprofundar-se na obra da banda, boa viagem! A quem parou de acompanhar, por algum motivo, vale uma boa escutada nos trabalhos mais recentes. E como vale…
The Cure Trilogy: Pornography, Disintegration, Bloodflowers
À essa altura, a já doentia mente de Robert Smith, aliada a alucinógenos diversos e depressão toma caminhos ainda mais obscuros. Os climas são de desolação, paranóia e solidão. As letras, ácidas e agressivas, versando principalmente pelos temas citados e a hipocrisia moral da sociedade são cantadas de forma quase indiferente. Trilhas sonoras de um pesadelo crescente comandadas por linhas de baixo tortuosas de Simon Gallup e baterias tribais. Todas as faixas seguem linearmente completando uma a outra. Um disco clássico e um dos mais admirados pelos fãs fervorosos. Nesse momento, a banda coleciona uma legião de fãs obsessivos pela Europa. Faixas como “One Hundred Years”, “Hanging Garden”, “A Strange Day” e “A Short Term Effect” entram fácil numa coletânea desta primeira fase da banda. Na edição de luxo (também lançada em 2005), 14 faixas raras completam o álbum.
Após três álbuns “alegres”, o Cure novamente passa por problemas e Robert Smith parece voltar às batalhas com seus demônios internos. A diferença é que aqui a banda já está bem mais experiente e madura. O resultado é um disco mais homogêneo e quase temático onde os climas etéreos de álbuns como “Faith” e “Pornography” tomam formas exuberantes numa viagem gelada e romântica. Smith usa e abusa de sua Fender Jazz Bass 6 cordas buscando novos timbres e estilos. Com as linhas de baixo marcantes e bem colocadas de Simon Gallup, baterias milimetricamente bem coladas, guitarras inspiradas ao fundo e teclados e synths celestiais, letras ora existenciais, românticas ou amargas, o Cure fecha a década com sua obra prima, recebendo prêmios de melhor banda inglesa e tocando para multidões no Wembley Arena. Impossível destacar uma só faixa. Todas são altamente recomendadas. De “Pictures of You” a “The Same Deep Water As You”, de “Homesick” a “Last Dance”. Sem contar os singles “Love Song” e “Lullaby”, a melhor hit-pop-dark-song de todos os tempos.
Após outras longas férias (que parecem fazer bem à banda), o Cure volta em grande estilo e ótima fase em um álbum épico. Se “Disintegration” pode ter sido uma evolução de “Pornography”, podemos dizer que “Bloodflowers” é a continuação natural da seqüência. Com arranjos inspirados e exuberantes, “Bloodflowers” mostra o Cure dos primeiros trabalhos em pleno ano 2000. Não é um disco “fácil”, com faixas longas repletas de detalhes e atmosferas. As autobiográficas “39″, “Watching Me Fall” e a faixa título são as típicas histórias musicadas tão bem feitas pela banda. A balada “Last Day of Summer” cumpre seu papel e emociona assim como “There Is No If… “. A mais conhecida com certeza é “Maybe Someday”, bom rock, mas que destoa um pouco das demais canções do disco.
Por: Samuel Martins
Por: Samuel Martins