terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Secos & Molhados | Tributos


Álbum de 2003 em comemoração aos 30 anos do Secos e Molhados.

O disco traz a participação de vários artistas da nova geração reinterpretando todas as faixas do primeiro álbum de 1973 do grupo.

2003 | ASSIM ASSADO
(Tributo ao Secos & Molhados)


01. Nando Reis | Sangue Latino
02. Falamansa e Maskavo | O Vira
03. Toni Garrido | O Patrão Nosso de Cada Dia
04. Ira! | Amor
05. Eduardo Dussek | Primavera nos Dentes
06. Capital Inicial | Assim Assado
07. Pitty | Mulher Barriguda
08. Matanza | El Rey
09. Arnaldo Antunes | Rosa de Hiroshima
10. Raimundos | Prece Cósmica
11. Pato Fu | Rondó do Capitão
12. Marcelinho da Lua | As Andorinhas
13. Ritchie | Fala

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Completando 40 anos, a personalíssima estreia fonográfica dos Secos e Molhados tem mais uma tentativa de modernização de sonoridade com 13 componentes da nova cena roqueira (indie?) brasileira. Em 2003, tal empreitada já havia sido alavancada por nomes, hoje estrelados, como Arnaldo Antunes, Nando Reis, Ira!, Pato Fú e até Falamansa. Na ocasião o saldo foi pífio.

Dez anos depois, o selo RockinPress faz outro mergulho neste repertório com resultados que, se não soam tão rasos, também não empolgam muito. Como todo trabalho sem direção artística – no caso, cada artista fez sua versão livremente, sem conceito musical definido – a irregularidade dá a tônica do álbum. Sejamos justos, o álbum original é tão marcante que, hoje, depois de uma revisão histórica, se configura como uma das melhores estreias musicais brasileiras em todos os tempos. Não é trabalho fácil fugir de símbolos como “O Vira”, “Sangue Latino” e “Assim Assado”. Deixar de lado as comparações então, é impossível.

Mas há bons momentos em “Armazém 73″. A banda sergipana Bicicletas de Atalaia acerta o tom roqueiro de“Mulher Barriguda”. Nevilton vai pelo mesmo caminho acrescentando doses de psicodelia à “Prece Cósmica” e também se sai bem. Mais reverente, Phillip Long, não se arrisca muito e vai no caminho do folk em “O Patrão Nosso de Cada Dia”. Curiosa é a versão feita pelo carioca Thiago El Niño, apontando um surpreendente fraseado rap para “Primavera Nos Dentes”. No meio do caminho ficam, com suas pálidas leituras, A Banda Mais Bonita da Cidade com “Assim Assado” e Leo Fressato com “Rondó do Capitão”. Não dizem muito a que vieram.

Nome muito comentado na cena independente, a baiana Nana erra mão em “Rosa de Hiroshima” ao apostar na eletrônica, overdubs e afins que soterram a melodia de Gerson Conrad e um fiapo de voz que fazem banais os belos versos de Vinicius de Moraes. Também errática, abrindo o cd, é a versão do maior sucesso dos Secos e Molhados, ”Sangue Latino”, por Mahmundi.

2013 | ARMAZÉM 73
(Tributo ao Secos & Molhados)


01. Mahmundi | Sangue Latino
02. Rafael Castro | O Vira
03. Phillip Long | O Patrão Nosso de Cada Dia
04. Lucas Vasconcellos | Amor
05. Thiago Elniño | Primavera nos Dentes
06. A Banda Mais Bonita da Cidade | Assim Assado
07. Bicicletas de Atalaia | Mulher Barriguda
08. Phill Veras | El Rey
09. Nana | Rosa de Hiroshima
10. Nevilton | Prece Cósmica
11. Leo Fressato | Rondó do Capitão
12. Ana Larousse | As Andorinhas
13. Maglore | Fala
14. Daniel Peixoto | O Vira

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A gravadora Deck lançou, em formato digital, o álbum Primavera nos Dentes. O trabalho conta com releituras de 11 das 26 canções lançadas pelo Secos & Molhados durante a fase inicial do grupo (1973 a 1974).

A Secos & Molhados surgiu, durante os anos 70, influenciada pela explosão da Tropicália. A partir da iniciativa do guitarrista João Ricardo, os demais membros da formação inicial foram recrutados para participar. A escolha de Ney Matogrosso como vocalista se encaixava nos planos originais de João, que queria um vocalista com um timbre mais feminino. O grupo ganhou o status de um dos mais importantes da música brasileira dos anos 70.

O Primavera nos Dentes começou através do baterista e pesquisador (e também ex-Titãs) Charles Gavin. Ele se juntou a mais alguns nomes de peso para dar vida ao álbum: Pedro Coelho (que participou da peça “Cássia Eller – O Musical“) no baixo, Paulo Rafael (que já tocou com Alceu Valença) na guitarra e Felipe Ventura (da banda Baleia) mesclando violino e guitarra. Os vocais principais ficaram por responsabilidade da cantora Duda Brack.

O grupo já está junto tem um tempo, mas a produção do álbum surgiu a partir de um convite do produtor musical Rafael Ramos (Pitty, Los Hermanos, Cachorro Grande). O nome do projeto veio do título da quinta faixa do lado A do álbum de estreia Secos & Molhados, lançado em 73.

Mesmo passados 40 anos, as canções continuam atuais

Mas não são apenas meras releituras. Com arranjos que deram às músicas uma nova roupagem, o projeto mostra a atemporalidade presente nas letras do grupo. Novas linguagens musicais foram adicionadas às canções originais.

O resultado final acaba por misturar diversos estilos. Tem MPB, rock tradicional, indie, psicodelia, música nordestina e ainda influências da cultura musical de outros países, mostrando as faces musicais de cada membro do projeto.

Charles Gavin conta que:

"A sonoridade e os arranjos se distanciaram bastante dos originais, diria que cada versão que fizemos tem a assinatura de cada um de nós. Também foi surpreendente constatar o fato de que a poesia das letras permanece extremamente atual e assertiva após décadas, deliciosamente doce e ácida, ingênua e politizada ao mesmo tempo, conectando-se com pessoas de qualquer geração e qualquer lugar."

2017 | PRIMAVERA NOS DENTES

01. Delírio
02. Angústia
03. Primavera nos Dentes
04. O Patrão Nosso de Cada Dia
05. Vira
06. O Doce e O Amargo
07. Hierofante
08. Rosa de Hiroshima
09. Tercer Mundo
10. Fala
11. Sangue Latino

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