terça-feira, 28 de maio de 2019

Voluntários da Pátria


O quinteto paulistano Voluntários da Pátria foi a primeira banda brasileira com uma proposta estética e sonora representante do pós-punk. Formado em São Paulo/SP em 1982 por Nasi (vocais), Thomas Pappon (bateria), Ricardo Gaspa (baixo) e os guitarristas Miguel Barella e Giuseppe Frippi, deixaram apenas um registro, este LP de 8 canções em 24 minutos.

Apesar da curta trajetória da banda, que logo daria espaço a projetos individuais e novas bandas, Nasi e Gaspa se dedicariam ao Ira!, Thomas montou o Fellini e o Smack, Miguel e Giuseppe com o Alvos Móveis, o Voluntários da Pátria teve uma boa repercussão na capital e foi banda precursora no estilo, tendo se apresentado em todos os palcos do underground paulistano, tais como Carbono 14, Madama Satã, Napalm e Lira Paulistana.

O Lado A abre com uma canção de título provocativo "O homem que eu amo", segue com o "Iô-iô" de versos niilistas e sarcásticos, como "Meu iô-iô não quer subir/Vou reclamar na coca-cola". "Cadê o socialismo?" foi uma boa provocação para aqueles anos de abertura política,não é por acaso que a canção fora interditada para execução pública. O disco ainda traz as instrumentais "Marcha" e "Nazi über alles". "Verdades e mentiras" tem a cara do pós-punk paulistano, umas das melhores do disco.

O Voluntários da Pátria tentou algumas voltas durante a década de 80, com outras formações que reuniram mais uma turma de figuras conhecidas do rock paulistano, tais como Sandra Coutinho (Mercenárias), Guilherme Isnard (Zero), Edson X (Gueto), Maurício (Ultraje a Rigor) Kuki Stolarski e Akira S.

Texto | Wikipédia

1984 | VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA

Lado A

01. O Homem que eu Amo
02. Iô Iô
03. Um, Dois, Três, Eu te amo
04. Nazi Über Alles

Lado B

01. Marchas
02. Verdades e Mentiras
03. Cadê o Socialismo
04. Terra Devastada

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